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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Haikus

Com certeza Bashô
se esconde nesse
quadro Nô!
Cheiro de alecrim!
o campo se transportou
inteirinho pra mim.
Sei da alegria da ave
pela minha própria
no interior da nave
Estrela guia!
No horizonte
novo tempo se anuncia
.
Uma esperança na parede,
Aos pulos enche-me os olhos
de esperança.

Você me faz feliz
um dia, uma noite,
Algumas horas eternas.
Você é especial
Não porque seja sexual,
É sexespiritual.
Cento e oitenta graus
De estrela e noite,
Céu e terra enfim sós!

Sonho de poeta
A natureza respira
O coração em festa

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Paixão e arte




Galopo no teu vento
como se fosse essa a
maior nuvem do céu.
Sonho no teu dorso,
como se essa fosse
a maior onda do oceano.
Crio arte no teu corpo,
como se a tela fosse
a minha maior invenção.
Não satisfeita com a obra,
me faço tinta e me desmancho
em cores, no teu peito nu.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A casa ideal

Quero uma casa,
não precisa ser
assim ou assado.
Com varanda,
copacozinha,
lage sob o telhado.
Precisa ter um ar
de quietude,
das coisas que
despertam festivas!
Um canteiro de flores
perto da calçada,
com azaléias, amor-perfeito
e rosa graúda.
Um cheiro de morada
no quintalzinho de trás.
Um pé de laranja,
um abacateiro e
goiabeira, canteiros
de couves e cenouras.
Cheiro-verde e jasminzeiro,
camomilas à vontade.
Além de tudo isso,
quero uma casa viva,
que me traga de manhã
um beijo de bom-dia,
no travesseiro do lado.
Que me deixe atordoada na cozinha
com o cheiro bom de arroz cozido.
Quero uma casa, não precisa
ser rica de ouro e jóias raras,
mas completa de amor e de esperança,
de beleza, imaginação e fantasia,
Rica de saúde, prosperidade e criação,
Cheia de virtude, magia,
repleta de sonho e oração.
Pintada talvez com as cores
do arco-íris, mas com as colunas
Bem fincadas neste chão
.

Quântica

Você sempre esteve aí
em algum lugar
do universo.
Incompleto, incerto.
Aqui sempre estive,
em algum lugar na vida.
Dividida, partida, sofrida!
Num instante,
quase nada, nossos olhares
cruzaram-se, encontraram-se
e neles, nossas almas
se reconheceram, se encaixaram.
Agora já não podemos estar assim,
separados, desencantados,
nosso lugar é na terra, no mato,
nas águas, juntos,
como dois átomos
formando uma molécula feliz.

Osho

Yoga é um aperfeiçoamento decisivo. É uma total reviravolta. Quando não estão se movendo para o futuro, não se deslocam para o passado, então você começa a se mover dentro de si mesmo - porque sua vida é aqui e agora, e não no futuro. Estar presente aqui e agora, você pode absorver essa realidade. Mas então a mente tem de estar aqui. Yoga é uma ciência - é apenas um acidente que os hindus a tenham descoberto. Não é hindu. É uma matemática pura do ser interior. Portanto, um muçulmano pode ser um yogue, um cristão pode ser um yogue, um Jain, um bauddha pode ser um iogue. Yoga é a ciência pura, e Patanjali é o maior nome do Yoga. Este homem é raro. Não há nenhum outro nome, comparável à Patanjali. Pela primeira vez na história da humanidade, este homem trouxe a religião para o estado de uma ciência: ele fez da religião uma ciência. Porque as chamadas religiões precisam de crenças. Não há outra diferença entre uma religião e outra, a diferença é apenas de crenças. Um muçulmano tem certas crenças, um hindu certas crenças, um cristão certas crenças. A diferença é de crenças. Yoga não tem nada, tanto quanto a crença está em causa; yoga não diz acreditar em qualquer coisa. Yoga acredita na experiência. Assim como a ciência diz experimento, yoga, diz a experiência. Experimento e experiência são a mesma coisa, os seus sentidos são diferentes. Experimento significa algo que você pode fazer fora; experiência significa algo que você pode fazer lá dentro. A experiência está dentro de um experimento (do livro de Osho: "O Alfa e o Ômega")