Pesquisar este blog

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Osho

Eu gostaria de um mundo onde os santos e os pecadores tivessem desaparecido. Eles são
dois aspectos da mesma moeda. Lao Tzu diz em seu Tao Te Ching: "Quando o mundo era realmente
natural e religioso não havia santos nem pecadores". Quando os santos entraram no mundo,
apareceu o pecado. Dizendo que alguém é um santo, você deu início às divisões: o bom e o mau, o
que pode ser feito e o que deve ser evitado. Você não aceita a vida em sua totalidade; tornou-se um
escolhedor. E eu ensino a atenção sem escolha. Não o ensino a escolher, pois seja o que for que
você escolha é uma escolha errada
— porque haverá um escolhedor. Aceite o total e não fique rotulando as coisas — isto é
bom e aquilo é mau.
A divisão entre o pecador e o santo é de novo uma divisão egoísta. É muito opressiva. É
condenadora. É cheia de ódio. Os santos olham para você com olhos de "sou mais sagrado do que
você" — "sou o escolhido, vou para o céu e você vai para o inferno". Não, essa não é absolutamente
a minha maneira de ver. Declaro que você também é sagrado, é divino. Não existe um único ser que
não seja sagrado. Para mim, a palavra 'sagrado' significa total. Nós pertencemos a um todo; somos
todos sagrados. Somos partes de uma consciência universal. Somos ondas de um oceano. É isto o
que Kabir dizia ontem: a onda não é diferente do oceano. Mesmo que a onda esteja suja, faz parte
do oceano tanto quanto a onda limpa.
E o que você chama de sujo e de limpo? São todas concepções humanas. Uma pessoa
pode ser um santo num país e não ser considerado um santo no outro. Uma pessoa pode ser santa
num século e não ser considerada santa num outro século. Pense nisto: Muhammad com uma
espada em suas mãos. Pode qualquer jainista ou budista chamá-lo de santo? É impossível. Uma
espada nas mãos? Muhammad não pode ser chamado de santo pelos jainistas e budistas. Podem os
muçulmanos chamar Mahavir ou Buda de santos? Enquanto as pessoas sofrem e são torturadas,
você fica sentado sob a sua árvore hodhi sem fazer nada? Que espécie de santidade é essa? São
escapistas e não santos.

Nenhum comentário:

Osho

Yoga é um aperfeiçoamento decisivo. É uma total reviravolta. Quando não estão se movendo para o futuro, não se deslocam para o passado, então você começa a se mover dentro de si mesmo - porque sua vida é aqui e agora, e não no futuro. Estar presente aqui e agora, você pode absorver essa realidade. Mas então a mente tem de estar aqui. Yoga é uma ciência - é apenas um acidente que os hindus a tenham descoberto. Não é hindu. É uma matemática pura do ser interior. Portanto, um muçulmano pode ser um yogue, um cristão pode ser um yogue, um Jain, um bauddha pode ser um iogue. Yoga é a ciência pura, e Patanjali é o maior nome do Yoga. Este homem é raro. Não há nenhum outro nome, comparável à Patanjali. Pela primeira vez na história da humanidade, este homem trouxe a religião para o estado de uma ciência: ele fez da religião uma ciência. Porque as chamadas religiões precisam de crenças. Não há outra diferença entre uma religião e outra, a diferença é apenas de crenças. Um muçulmano tem certas crenças, um hindu certas crenças, um cristão certas crenças. A diferença é de crenças. Yoga não tem nada, tanto quanto a crença está em causa; yoga não diz acreditar em qualquer coisa. Yoga acredita na experiência. Assim como a ciência diz experimento, yoga, diz a experiência. Experimento e experiência são a mesma coisa, os seus sentidos são diferentes. Experimento significa algo que você pode fazer fora; experiência significa algo que você pode fazer lá dentro. A experiência está dentro de um experimento (do livro de Osho: "O Alfa e o Ômega")